Indígenas, negros e profissionais da saúde são homenageados em grafite nos 490 anos de SV

Mural tem mais de 80 metros quadrados e se encontra na lateral do Paço Municipal

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Mural tem mais de 80 metros quadrados e se encontra na lateral do Paço Municipal


Um mural com mais de 80 metros quadrados na lateral da entrada da Prefeitura começa a ser grafitado, neste sábado (22), aniversário de 490 anos da Cidade.


A ideia é que, por meio da arte urbana, sejam representadas todas as pessoas que, em dois momentos marcantes da história (passado e presente), lutaram pelo povo e pela terra.


O mural vai homenagear três personagens centrais: uma mulher indígena como médica, uma mulher negra como cientista e um homem representando a Enfermagem.


"Aqui a gente conecta arte, história, cultura e uma linda, e mais do que merecida, homenagem aos nossos profissionais da Saúde, que tanto batalharam nessa pandemia e ajudaram a salvar milhares de vidas", ressaltou o prefeito Kayo Amado.


A iniciativa, com custo zero para a Administração Municipal, foi idealizada pelo Instituto Adesaf (Articulação de Tecnologias Sociais e Ações Formativas), por meio de projeto apresentado à Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa, fruto de emenda parlamentar da deputada estadual Márcia Lia. 


“Essa luta que vamos destacar no mural acontece todos os dias, há quase 24 meses, com a união e o esforço de todos os trabalhadores da Saúde e da Ciência. Pessoas essenciais para vivermos hoje os ‘novos normais’. Lutar nos faz evoluir como pessoa e cidadão. E é isso que vamos abordar”, explica a diretora-presidente da instituição, Fernanda Gouveia.


Grafiteiros


Leandro Shesko e Andressa Sirius trabalham juntos desde 2012, criando murais para decorar ambientes e produzindo arte urbana em grandes fachadas e espaços públicos.


O visual das suas obras vem, principalmente, da união entre as mandalas de Sirius e as imagens orgânicas desenhadas por Shesko, finalizadas com traços e contornos característicos, em composições coloridas de fino acabamento. 


O casal possui trabalhos espalhados por toda a Baixada Santista e vem expandindo suas obras para as capitais e o mundo.


“Queremos representar a resistência dos indígenas e mostrar que a luta deles no passado foi válida, e que hoje eles também podem e devem ter oportunidades de estudo e inclusão na sociedade. A médica indígena é a quebra de padrões em que só os homens brancos privilegiados são cientistas, doutores e heróis”, destaca o casal Sirius e Shesko.


A previsão é de que os trabalhos sejam concluídos no dia 2 de fevereiro.


Por Isabella Paschoal