Um toque pode salvar a sua vida e a de milhares de outras mulheres. Ao longo do mês de outubro, a Secretaria da Saúde de São Vicente (Sesau-SV) promoveu uma série de ações voltadas à conscientização e prevenção ao câncer de mama e colo de útero, os dois tipos de cânceres mais comuns entre mulheres no Brasil. No Centro de Apoio ao Diagnóstico (CAD), as funcionárias do Hospital do Vicentino (HDV) marcaram presença logo cedo no último dia de mutirão de exames, que ocorreu nesta terça-feira (29).
Na sala de mamografia, a tensão e o nervosismo ficam do lado de fora assim que a porta se fecha. A técnica de radiologia, Milena dos Santos, é quem acompanha e conduz os exames de mamografia no CAD. “Eu me apaixonei pela área assim que conheci. A prioridade aqui é que a paciente se sinta tranquila e segura. E é assim que a maioria se sente. É muito importante a realização desses tipos de mutirões para que cada vez mais mulheres se conscientizem da importância da realização do exame precocemente”, comenta Milena.
No Brasil, 41% dos cânceres de mama acometem mulheres entre os 40 e 50 anos. Além do acompanhamento, é igualmente importante diminuir o prazo entre a entrega do diagnóstico e o início do tratamento. Hoje, o CAD trabalha de forma a otimizar este tempo através do projeto “Raio Rosa”, um programa que já ajudou a encaminhar mais de 130 vicentinas para o tratamento oncológico.
“Aqui tudo é feito de forma simultânea. Fazemos o diagnóstico, o contato com o laboratório, e assim que recebemos o resultado, já encaminhamos para a rede de tratamento. Posso dizer com segurança que conseguimos reduzir em 60 dias o tempo entre diagnóstico e tratamento”, comenta o chefe de mastologia do CAD, Fabiano Kimus.
Para quem viveu isso na pele, a rotina de exames tem um significado ainda maior. Luciana Agrofoglio Ferreira é técnica de enfermagem no HDV e carrega consigo uma história de tratamento ao câncer de mama que chegou ao fim há sete anos atrás. “Eu fiquei mais de três anos sem fazer o preventivo e quando fiz, levei um choque: eu tinha um tumor maligno. Eu fui salva porque o câncer foi descoberto logo no início, por isso todo ano eu não deixo de fazer os exames”, destaca a profissional da saúde.
“Essa é uma ação que a gente costuma dizer que é cuidar de quem cuida da gente. Dar uma atenção a essas profissionais que todo dia se empenham para cuidar do próximo é algo que estamos fazendo cada vez mais, e o trabalho realizado no CAD é fundamental para o diagnóstico dessa doença que acomete tantas mulheres”, comentou Michelle Santos, Secretária da Saúde.