Projeto Piloto Hip-Hop nas Escolas termina 2023 com apresentação na UE Carolina Dantas

Primeira da cidade de São Vicente a contar com ação, escola fecha etapa com alunos exibindo seus trabalhos no Movimento Leia São Vicente, na sexta-feira (1º)

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O projeto piloto Hip-hop nas Escolas retorna à Unidade Educacional Carolina Dantas (Catiapoã) nesta sexta-feira (1º), integrando-se à programação do Movimento Leia São Vicente. Os alunos que participaram da primeira etapa serão os protagonistas da ação final, que apresentará batalha de rimas e grafites desenvolvidos pelos estudantes do 9° ano em atividade prática multidisciplinar.  Os alunos de 7° e 8° anos também aprenderam sobre o Hip-hop durante o projeto piloto, em pleno ano do Cinquentenário do Hip-Hop no Mundo.

A Pedagogia do Hip-hop é desenvolvida desde os anos 1980 em algumas cidades brasileiras. No entanto, o Hip-Hop nas Escolas, idealizado em fevereiro de 2023, traz o diferencial de ter sido criado por hip hoppers da primeira cidade do País e proposto para uma escola municipal em sua primeira etapa, num ano marcante para o Movimento Hip-Hop mundial, já que o movimento nascido na periferia de Nova York completou 50 anos em 12 de novembro de 2023 (data da fundação da Zulu Nation).

O coordenador geral do Hip-Hop nas Escolas é Brunão Ment’Sagaz,  um dos principais hip hoppers de São Vicente, além de sociólogo com tese sobre o Movimento. Brunão, assim como  outros hip hoppers do projeto, nasceram,  moram e trabalham em São Vicente, por isso,  a cidade foi escolhida para sediar a primeira etapa do projeto. 

Os professores da UE Carolina Dantas abraçaram o projeto piloto, internamente coordenado pelas professoras Márcia Gouveia e Marilda Nóbrega. A proposta engloba atividades trabalhadas em matérias como português,  educação física,  artes, matemática, geografia e história. 

Entre os elementos básicos e fundamentais do Hip-Hop estão o RAP (Ritmo e Poesia, com presença do DJ e do MC); o Breaking (dança urbana que em 2024 será modalidade olímpica); e o Grafite (arte visual urbana) além da Consciência e Conhecimento (onde entram também produtores culturais, fotógrafos,  videomakers,  jornalistas,  educadores,  entre outros que não produzem a arte em si, mas colaboram para que o Movimento Hip-Hop se espalhe e alcance mais e mais pessoas). 

A Baixada Santista e a cidade de São Vicente desempenham papel importante na cena Hip-Hop do País,  com diversas Batalhas de Rimas (uma das principais expressões do Hip-hop na atualidade), crews de Break Dance,  grafiteiros e grafiteiras.

Os alunos de 9°ano foram divididos em grupos e cada grupo contou com uma dupla responsável pela pesquisa sobre o Movimento Hip-Hop no mundo; uma dupla responsável pela criação de uma Rima com tema escolhido pelos  próprios alunos; e uma dupla responsável pela arte visual (desenvolvidas em cartazes que estarão expostos na quadra da escola na sexta-feira (1º)  durante o Leia São Vicente. 

A Escola Carolina Dantas já havia tido uma atividade com hip hoppers em maio 2023 durante o Leia São Vicente.  

Para 2024 o projeto piloto Hip-Hop nas Escolas será ampliado para outras Escolas da Cidade, já com formato diferente,  elaborado em cima da experiência prática da primeira etapa. 

Hoje o Coletivo Salve Hip-Hop conta com uma equipe ainda maior de hip hoppers e profissionais de outras áreas que unem forças, experiências e saberes para que a Pedagogia do Hip-Hop seja implementada em mais locais.

Acompanhe o Coletivo Salve Hip-Hop e o projeto piloto Hip-Hop nas Escolas no Instagram @coletivo.salvehiphop .