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11/03/2021
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Parte 4 - As Calungas: Na linha de frente
Mulheres são maioria no cuidado da saúde, um ato que se transformou em uma prova de amor genuíno
Instintivamente cuidadoras, são elas que carregam o peso de enfrentar os momentos difíceis e ainda se doar para o outro. No serviço de saúde, a presença feminina é predominante. Na Secretaria de Saúde de São Vicente (Sesau) 73% dos 2 mil funcionários são mulheres. Ou seja, são mais de 1,4 mil servidoras, que desde 2020 atuam no combate de uma ameaça letal e invisível.
Cintia Maria Silva dos Santos, 41 anos, faz parte dessa estatística. Enfermeira há 16 anos, sempre trabalhou no serviço público e agora é responsável pela ala de Covid do Hospital Municipal. Neste mês, completa um ano que ela está na linha de frente da pandemia. O dom do cuidado já corria em suas veias e, com o passar dos anos, a enfermagem foi mais que uma escolha: foi um chamado. “É um instinto; sou mais protetora e isso me torna guerreira.”
Trabalhando todos os dias em contato direto com o vírus, a enfermeira ficou vulnerável e em abril do ano passado foi contaminada pelo coronavírus. “Além da experiência técnica e profissional, eu sofri na pele o que é ficar internada. O que é ficar à beira de quase ser intubada. Então eu tenho outra visão para tratar o paciente, porque estive no lugar dele. A empatia é muito maior, vai além da relação profissional.”
Mesmo com uma rotina intensa de cuidado, ninguém está a salvo. Cintia perdeu muitos colegas de profissão e mantém a força por todos que lutam para sobreviver. “É uma situação extremamente estressante, porque mesmo passando um ano do início da pandemia ainda temos casos da doença, mas sigo firme. Penso nos pacientes, faço por eles o que gostariam que fizessem por mim.”
Cintia é mulher forte, mãe, filha e servidora da saúde. Não desiste e continua salvando vidas. “Somos versáteis, fazemos mil coisas ao mesmo tempo, somos o alicerce da família. Minha força vem da minha mãe, Dona Fátima e do meu filho, Caio.”
Confira outras matérias sobre a Semana da Mulher
http://www.saovicente.sp.gov.br/publico/noticia.php?codigo=9959
Por: Maria Angélica Medeiros
Instintivamente cuidadoras, são elas que carregam o peso de enfrentar os momentos difíceis e ainda se doar para o outro. No serviço de saúde, a presença feminina é predominante. Na Secretaria de Saúde de São Vicente (Sesau) 73% dos 2 mil funcionários são mulheres. Ou seja, são mais de 1,4 mil servidoras, que desde 2020 atuam no combate de uma ameaça letal e invisível.
Cintia Maria Silva dos Santos, 41 anos, faz parte dessa estatística. Enfermeira há 16 anos, sempre trabalhou no serviço público e agora é responsável pela ala de Covid do Hospital Municipal. Neste mês, completa um ano que ela está na linha de frente da pandemia. O dom do cuidado já corria em suas veias e, com o passar dos anos, a enfermagem foi mais que uma escolha: foi um chamado. “É um instinto; sou mais protetora e isso me torna guerreira.”
Trabalhando todos os dias em contato direto com o vírus, a enfermeira ficou vulnerável e em abril do ano passado foi contaminada pelo coronavírus. “Além da experiência técnica e profissional, eu sofri na pele o que é ficar internada. O que é ficar à beira de quase ser intubada. Então eu tenho outra visão para tratar o paciente, porque estive no lugar dele. A empatia é muito maior, vai além da relação profissional.”
Mesmo com uma rotina intensa de cuidado, ninguém está a salvo. Cintia perdeu muitos colegas de profissão e mantém a força por todos que lutam para sobreviver. “É uma situação extremamente estressante, porque mesmo passando um ano do início da pandemia ainda temos casos da doença, mas sigo firme. Penso nos pacientes, faço por eles o que gostariam que fizessem por mim.”
Cintia é mulher forte, mãe, filha e servidora da saúde. Não desiste e continua salvando vidas. “Somos versáteis, fazemos mil coisas ao mesmo tempo, somos o alicerce da família. Minha força vem da minha mãe, Dona Fátima e do meu filho, Caio.”
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http://www.saovicente.sp.gov.br/publico/noticia.php?codigo=9959
Por: Maria Angélica Medeiros