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15/02/2023
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Há quatro décadas na folia, dupla garante participação no Ba-bahianas até quando a saúde deixar
João Carlos Esteves, o Kakayo, tem 60 anos, é comerciante do ramo de confecção, mora no Centro de São Vicente e desde jovem pratica surfe. Carlos Alberto dos Santos, o Sombra, está com 62, atuou como vigilante de banco e reside no Sá Catarina de Moraes. Estes dois amigos carregam uma paixão em comum: o bloco Ba-bahianas Sem Taboleiro, do qual participam há mais de 40 anos.
Unidos pela folia, eles formam um trio com o amigo Urubu, que este ano não poderá prestigiar o bloco por questões de saúde.
“É um domingo especial, em que conseguimos rever os amigos”, conta Kakayo. “Um dia de muita diversão. Eu acordo, tomo meu café, coloco a roupinha de mucama e vou brincar, me divertir e cantar as marchinhas tradicionais”, completa Sombra.
Sobre algum momento especial em quatro décadas no bloco carnavalesco, a dupla garante que não há como pontuar uma edição. “Todos os anos são animados e inesquecíveis”, garante Sombra. “O Ba-bahianas é só alegria e enquanto tiver saúde, vamos continuar brincando”, afirma Kakayo. “Não há nada que pague esse momento com os amigos”, finalizou Sombra, cravando que, em 2024, estará com Kakayo e Urubu nas ruas do Gonzaguinha.
Novo bloco - Na segunda-feira de Carnaval (20), Kakayo e Sombra lançam um novo bloco, o “Será Que Chove Hoje?”, em frente ao restaurante Frangão, na Avenida Antônio Emmerich, 107. Trata-se de uma homenagem a Maneco, antigo dono do estabelecimento, hoje sob a direção do filho Eduardo. “Quando um freguês que estava com o fiado atrasado chegava no restaurante, o falecido Maneco perguntava ‘será que chove hoje?’. Era a deixa para a pessoa saber que estava na hora de quitar a dívida”, recorda Kakayo, lembrando que a estratégia tinha sempre o tom de brincadeira por parte do comerciante, e nunca de repreensão.
Texto - Renato Pirauá
Fotos - Tadeu Filho
