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Santos - São Paulo - Brasil, 18 de maio de 2024.
31/07/2023
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Alunos da Área Continental torcem juntos pela seleção feminina nesta 4ª-feira (2)

 

O verde e amarelo tomam conta da Unidade Educacional Mário Covas Jr (Parque das Bandeiras) na manhã desta quarta-feira (2), quando, a partir das 7h, os alunos acompanham a partida da seleção brasileira contra a Jamaica, em busca de uma vaga para as oitavas de final da Copa do Mundo de Futebol Feminino. Assim como se deu na estreia, o jogo será acompanhado por um telão montado no pátio da escola, com direito a uma grande torcida.

A ação faz parte do projeto “Futebol é coisa de mulher?”, cujo objetivo é dar à competição feminina o mesmo peso visto no masculino e, assim, trabalhar de maneira interdisciplinar conceitos como empoderamento, direitos sociais, história, entre outros. 

Desde o início da competição, os alunos estão aprendendo sobre a origem do futebol, as variações da modalidade (com o futsal, society, entre outras), a proibição da prática pelas brasileiras entre 1941 a 1979 e demais informações. “Trata-se de uma atividade trabalhada entre as disciplinas de educação física, língua portuguesa, matemática, geografia, história, arte, inglês e ciências”, acrescente a diretora da UE, Ana Cristina Homsi. 

O projeto partiu do professor de educação física, Michel Leite Viana. “O futebol é, sem dúvida, o esporte mais popular da cultura brasileira. Entretanto, no âmbito escolar, além da prática nas aulas e dos torneios escolares (os famosos interclasses) precisamos refletir também sobre as diferenças de gênero, sociais, econômicas, políticas e culturais que, como num passe de mágica, parecem não existir ao comemorarmos um gol da seleção ou do nosso clube de coração”, justifica o docente.

 

Clima de Copa - Michel lembra que a cada quatro anos o País para em razão da Copa do Mundo de futebol masculino. É, sem dúvida, um fenômeno de massas poderosíssimo. O povo pinta as ruas, as calçadas, os muros, meios fios, bandeirinhas verdes e amarelas são penduradas nos postes, a bandeira do Brasil tremula nas janelas, desenha-se caricaturas dos jogadores nas paredes, compram-se álbuns de figurinhas. “Somos tomados nesse período por um sentimento de nação, de pertencimento, que nos envolve numa só causa, uma só emoção. Vibramos coletivamente energias positivas endereçadas aos craques da seleção, na torcida para que eles nos tragam mais uma taça”, afirma, lembrando que o mesmo evento, quando praticado por mulheres, não consegue despertar igual paixão na população brasileira, nem atrair o interesse da mídia. “Queremos refletir acerca do assunto, e também intervir na realidade concreta, ajudando a sociedade a mudar a visão que tem do futebol feminino, preparando a escola para receber esse grande evento mundial. Faremos pesquisas sobre a biografia das jogadoras, a história do futebol feminino, produziremos pôsteres e cartazes com as atletas, o mascote e escudo da seleção, vamos confeccionar as bandeiras dos países participantes, manteremos atualizada a tabela do torneio. Acredito que com tanta luta, tanta superação e tantas vitórias, podemos afirmar e responder a pergunta inicial: futebol é sim coisa de mulher, sim”.

  

Por - Renato Pirauá

 

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