Entender o local onde vivemos é fundamental para direcionar as políticas públicas
Em algum momento alguém já fez confusão com o seu bairro? Aquela carta dos Correios chegou citando um lugar diferente daquele que você mora? E, afinal, você sabe qual o nome do seu bairro de verdade? Preparamos esse material especial para você entender tudo isso!
A diferença na nomenclatura dos bairros é comum em várias regiões da Cidade. O primeiro ponto que precisamos ter clareza é que, historicamente, São Vicente foi dividida em loteamentos.
Loteamentos são divisões de terra que tinham donos e foram organizadas para compra e venda, os chamados lotes. Ao formar um loteamento, é preciso garantir que, naquela área total, haverá espaços para uso público como ruas, avenidas, praças, galerias, redes de água e iluminação.
Como São Vicente é uma cidade histórica, perto de completar 500 anos, muitas dessas áreas foram ocupadas de forma desordenada. Boa parte das ruas de hoje são caminhos no mato ou rotas que contornavam rios, que acabaram abertas pelos habitantes nos últimos séculos.
Os critérios para nomear cada loteamento dependiam das famílias, quando decidiam vender e formalizar a área. A escolha, comumente, era pelo nome do proprietário ou um título de seu gosto pessoal. Também era considerada a forma como o lugar era conhecido no período.
Já os bairros têm outra classificação. Eles são definidos pelas características semelhantes das residências e da população do local. Ou seja, são avaliados critérios como a vocação do bairro (comercial, residencial, turístico), o perfil etário e de renda das pessoas, assim como as necessidades de cada região.
Ao organizar da melhor forma cada bairro, é possível garantir que as políticas públicas sejam organizadas conforme a necessidade de cada região.
Principais diferenças
A principal diferença entre as duas classificações é: bairros mudam, loteamentos não. Os loteamentos foram definidos no passado e têm relação com a organização e regularização das terras. Hoje, possuem muito mais um caráter histórico e ajudam a entender o ponto de partida da população, quem são as pessoas e de onde vieram.
Já os bairros podem passar por mudanças. A cada 10 anos é necessário atualizar o Plano Diretor e, nesse período, são avaliadas as transformações do espaço.
A cidade é um organismo vivo e uma rua pode adotar uma vocação comercial ou empresarial e mudar todo o perfil no entorno.
Qualquer modificação é feita com base em estudos socioeconômicos e geográficos. É um trabalho importantíssimo.
E, muitas vezes, a divisão do bairro é feita com base em ruas e avenidas sem considerar os limites dos loteamentos. Portanto, entender os bairros da Cidade e comunicar corretamente o local em que vivemos é fundamental para facilitar o planejamento de políticas públicas.
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