Do papel ao geoprocessamento: a evolução dos mapas de SV pelas mãos de uma servidora

Há 18 anos na Prefeitura, a fiscal de obras Kátia Gomes foi a responsável por digitalizar todos os loteamentos e bairros da Cidade

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Há 18 anos na Prefeitura, a fiscal de obras Kátia Gomes foi a responsável por digitalizar todos os loteamentos e bairros da Cidade
 
Para que serve um mapa? As respostas mudam dependendo que quem vai usar. Para um motorista, é importante para identificar o trajeto de um ponto a outro. Para um turista, é fundamental para identificar os lugares que pretende visitar. Para um arquiteto urbanista, representa o planejamento e ordenamento da população que vive na cidade. Já para a fiscal de obras Kátia Gomes significa 15 anos de trabalho.
 
O mapa oficial de São Vicente, disponível em plantas e sistemas, não era assim há alguns anos. Ele precisou ser digitalizado e desenhado em softwares de engenharia até que atingisse a forma atual. Kátia foi a servidora pública que participou ativamente desse processo, que se transformou em uma missão pessoal. 
 
No início dos anos 2000, a Prefeitura recebeu as primeiras imagens áreas da cidade, como parte de um projeto do governo federal. O trabalho foi complexo: pegar as plantas antigas que já existiam separadas, desagregadas uma da outra, e encaixar nas quadras percebidas nas imagens de satélite. “O mapa veio em pedacinhos, todos separados. Precisamos descobrir como montar, colar e fazer a atualização de ruas”, explica Kátia.
 
Com a conclusão dessa fase, foi possível concluir o mapa completo de São Vicente, com o limite de todos os bairros. No entanto, ainda não existia uma definição clara dos terrenos e loteamentos. Foi o novo desafio que Kátia assumiu: no mapa inicial, desenhar lote a lote com a numeração.
 
Essa era uma atividade extra da servidora, que executava os projetos durante seu tempo livre, após a conclusão de suas tarefas cotidianas. O trabalho ficou pronto em 2018, demorando cerca de 15 anos para ser concluído.
 
Kátia conta que o trabalho foi gratificante. “A gente vê que está dando frutos. Eu sou funcionária pública de carreira e trabalho para deixar realmente informações acessíveis. É muito bom ver que as pessoas estão usando e colocando em prática aquilo que você demorou 15 anos da sua vida, trabalhando diariamente.”
 
A servidora também destaca o apoio que teve de outros profissionais para concluir essas etapas. “Parece um trabalho de formiguinha, mas tem uma equipe por trás, pessoas que ajudaram, formação de outros profissionais, porque trabalhamos com muitos estagiários.”
 
Importância
 
Parece simples, mas o mapeamento da cidade é fundamental para a elaboração de políticas públicas. É preciso entender exatamente onde ficam localizados equipamentos públicos como unidades de saúde, escolas e creches. Com esse olhar, é possível planejar de forma adequada onde é necessário instalar ou remanejar um posto de serviço público.
 
Geoprocessamento
 
Após passar por esse processo manual para consolidar o mapa oficial de São Vicente, Kátia participa de outro trabalho importante para o desenvolvimento da Cidade: o geoprocessamento.
 
Esse sistema vai permitir o acesso a todos os dados relacionados a um imóvel de forma integrada e completa. O sistema vai permitir uma gestão mais ágil e eficiente da Cidade. 
 
E Kátia não vai ficar satisfeita até a inovação estar no ar. “Só vou me dar por satisfeita quando o site estiver aberto para a população, para que todos possam utilizar e ter livre acesso à fotografia do imóvel dela. Para que todos possam se ver incluídos nesse trabalho.”
 
Por Vinícius Claro