Mais de 50 profissionais da saúde participam de treinamento contra as doenças causadas pelo Aedes Aegypti

Ação abordou principais sintomas, notificação compulsória e manejo clínico para enfrentamento às arboviroses

Compartilhe!

1 curtiu
A Prefeitura de São Vicente, por meio da Secretaria da Saúde (Sesau) realizou nesta quarta-feira (28), no auditório da UniBr, um treinamento com médicos, enfermeiros e servidores da rede municipal para orientar os mais de 50 profissionais sobre os principais métodos de prevenção aos focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor do arbovírus, responsável pela dengue, zika, chicungunya e febre amarela. Também foram  discutidas as melhores maneiras de acolhimento aos pacientes que estejam apresentando sintomas dessas doenças.
 
O treinamento foi dividido em duas partes: 
A primeira foi ministrada pela Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS), englobando o Departamento de Vigilância Epidemiológica e a Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ). A diretora da DVS, Débora Mendonça Rabelo Carvalho, falou sobre a classificação de casos de dengue, faixa etária mais atingida e o pico da doença em 2024 em comparação a 2023 em todo o País. 
 
Em seguida, Daniel Lima Sopa, coordenador da Unidade de Vigilância em Zoonoses, detalhou quais são os principais recipientes nos quais são encontrados focos do mosquito, o número de 10.787 imóveis visitados pelos agentes de combate às endemias (o maior entre as cidades da Baixada Santista) e a importância da consciência dos munícipes, aceitando a visita dos agentes.
 
Para fechar essa primeira parte, a coordenadora da Vigilância epidemiológica Elisângela Silva de Jesus discorreu sobre a importância da notificação compulsória, um instrumento que serve para atestar os casos de dengue, zika e chikungunya e, consequentemente, realizar ações de controle no bairro do munícipe. Um ponto de destaque é que, se o caso for suspeito, os profissionais de saúde devem notificar e orientar os pacientes à coleta do exame a partir do sexto dia para poder comprovar a doença. 
 
A segunda parte iniciou com a médica infectologista pediátrica, Doutora Cláudia Carneiro Bitar, que mostrou os principais sintomas da dengue (febre alta presente e de início imediato), chikungunya (dores intensas nas articulações, presentes em 90% dos casos) e zika (manchas vermelhas quase sempre presentes e que se manifestam nas primeiras 24 horas). Além disso, ressaltou a importância da hidratação no caso de arboviroses.
 
A diretora de Atenção Básica (DAPS), Doutora Paola Canas abordou os grupos de dengue, divididos em A (sintomas leves, sem sinais de alarme e sem comorbidades); B (mais presentes em  gestantes, idosos e crianças; com sinais de alarme e sangramento espontâneo); C (sinais de alarme, dor abdominal intensa e vômitos persistentes) e D (casos graves). Além dessa classificação, a doutora também chamou a atenção para a hidratação no caso de pacientes com arboviroses, pois esse cuidado contribui para que a doença não evolua ao caso mais grave de dengue, por exemplo. 
 
Fechando o treinamento, o coordenador da Rede de Atenção Hospitalar, Urgência e Emergência (DAHUE), Marcelo de Almeida Cesar, detalhou quais são as unidades de saúde para internação devido à dengue. Na Área Insular, a referência para internação de adultos é o Hospital do Vicentino (HDV), tanto em enfermaria quanto em UTI; pediatria no Hospital do Vicentino (HDV) em enfermaria; gestante de baixo risco na Maternidade Municipal. Já na Área Continental, o hospital Dr. Olavo Horneaux de Moura é a referência para internação para adultos em enfermaria.
 
“Perguntei como seria feito o acompanhamento da gestante que apresenta sintomas da dengue. Fui informada que a gestante terá esse acompanhamento na maternidade, no período de 24 a 48h e, ao mesmo tempo, a Diretoria de Atenção Primária será notificada do caso e, posteriormente, encaminhada à UBS mais próxima de sua residência”, ressaltou Jamillie de Cássia Palmeira, enfermeira e responsável técnica da Maternidade.
 
“O treinamento de hoje serviu para orientar os profissionais da saúde do Município sobre os casos das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti e orientá-los sobre a melhor maneira de acolher esses pacientes. O dia de hoje foi importante para alinhar algumas medidas e sanar dúvidas do que vamos fazer daqui para frente em relação à situação epidemiológica”, enfatizou Michelle Santos, Secretária da Saúde.

Álbum de Fotos