Mutirão de Saúde da Mulher realiza 200 procedimentos no sábado (27)

Entre os atendimentos, tiveram inserção de Implanon, teste rápido para HIV e sífilis, exames preventivos, consultas e planejamento familiar

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Adolescentes menores de 19 anos e mulheres em vulnerabilidade social, que fazem parte de um grupo elegível e que foram encaminhadas pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS), participaram do Mutirão da Saúde da Mulher, realizado no sábado (27), na UBS Central.
 
Cerca de 200 procedimentos foram realizados, das 8h30 às 13h. Ao todo, 20 casais que aguardavam no Planejamento Familiar para dar seguimento à laqueadura de intervalo foram atendidos. Além disso, 75 mulheres elegíveis receberam o implante intradérmico, 32 passaram por atendimento médico para aconselhamento sobre o melhor método contraceptivo, 30 mulheres realizaram exame preventivo e 37 realizaram teste rápido de HIV e Sífilis.
 
A Secretaria de Saúde (Sesau) destaca que a iniciativa tem como objetivo acabar com a demanda reprimida do programa Planejamento Familiar. Outras ações como esta já estão sendo programadas para beneficiar mulheres e adolescentes. O evento contou com o apoio de alunos e residentes do curso de medicina de faculdades conveniadas.
 
Para a médica Paola Bueno Cannas, diretora de Atenção Primária à Saúde (DAPS), essas iniciativas são importantes para a proteção de mulheres e adolescentes do Município, e garante o acesso ao Sistema Único de Saúde (SUS). “Há uma lei, a 9.263/1996, que trata dos direitos sexuais e reprodutivos de homens e mulheres adultos, além de jovens e adolescentes com vida sexual, com ou sem parceiros fixos, que asseguram a oferta de métodos contraceptivos eficientes e seguros. Nós, da Sesau, estamos empenhados em oferecer o melhor para este grupo, e já estamos trabalhando bastante para que ações como essa aconteçam mais vezes”. 
 
Para a ginecologista, obstetra e coordenadora do evento, Maria Luiza Cunha David, a ação foi um sucesso. “Pudemos oferecer o Implanon para 75 mulheres e adolescentes que fazem parte do grupo elegível, totalmente de graça, pelo SUS. Esse contraceptivo é implantado na rede privada por, no mínimo, R$ 1.500,00. Para nós, é muito gratificante poder proteger essas mulheres de uma gravidez indesejada, principalmente as adolescentes que, muitas vezes, precisam abandonar os estudos para cuidar dos seus bebês”. 
 
“Estou muito feliz com o resultado dessa ação. Poder passar informações importantes sobre planejamento familiar, acolher essas mulheres em nossas unidades e oferecer um método contraceptivo de segurança a custo zero para elas, é muito gratificante. Sabemos que há um índice alto de gravidez na adolescência e que muitas dessas meninas não fazem pré-natal por vergonha. A ausência desse acompanhamento é um dos fatores que podem comprometer o bebê e implicar diretamente no índice de mortalidade infantil desse público. Com o implante do contraceptivo, essas jovens estão protegidas por três anos”, declara Michelle Santos, secretária da Saúde.

Por Marjorie Melo