O primeiro dia de aula após o recesso escolar foi marcado por um momento de meditação na EMEIEF Regina Célia dos Santos (Centro) nesta segunda-feira (25). Professoras, funcionárias e equipe gestora participaram, durante a reunião de replanejamento, da prática “Cuidando de mim”, promovida pela terapeuta Carla Palamone. No total, foram 30 minutos entre conversa, reflexão e exercícios de relaxamento, tudo voltado à saúde física e mental. 
 

Durante a interação, muitas vezes ligamos o piloto-automático, levando a reações ligadas ao estresse e à ansiedade. “A profissão de vocês carrega uma tensão cotidiana por lidar com diferentes pessoas. Daí a importância do autocuidado, porque para cuidar do outro, como faz o professor diariamente, é preciso cuidar de si”, destacou Carla, completando que, culturalmente, o ser humano traz como princípio “deixar-se para depois”, sob a preocupação de ser rotulado de egoísta. “É preciso estar bem consigo para poder ajudar o próximo, em especial quando essa pessoa depende de você”. 
 

Ao término, Carla Palamone propôs um momento de meditação por meio da musicoterapia, com frequências de som que auxiliam no relaxamento e no controle da respiração. 
 

As participantes aprovaram. “Foi maravilhosa, em especial neste período de pandemia que exigiu o autoconhecimento. Com essa sessão de terapia eu pude me perdoar e agradecer pelo que eu sou e pelo que conquistei”, afirmou a professora Andréa Jorge, do infantil fase 2.  “Amei. Foi muito relaxante e veio ao encontro com tudo o que estou sentindo”, comentou Rosemeire Luz, professora da fase 1.
 

“É um momento muito importante para os professores, que vêm de uma sequência de crises emocionais, e essa ação fortalece e ajuda na sustentação da energia e da autoconfiança. Alivia para todos nós”, declarou a assistente de direção da unidade, Tatiana Martins. A diretora da unidade, Cristiane Prado, fez o convite à terapeuta diante da realidade do “novo normal” provocado pela Covid-19. “É o momento de se orientar para uma realidade diferente que passamos a viver, pois muitas pessoas voltaram fragilizadas após o período mais crítico de uma pandemia que ainda não acabou”, ressaltou a diretora. Para Cristiane, o isolamento social foi um divisor, que provocou um abalo emocional. “As pessoas não voltaram no mesmo ritmo, porque a vida mudou e temos que nos adaptar. O vírus ainda está circulando e aquela proximidade que tínhamos antes, com abraços e apertos de mão, não retornou”, apontou.
 

Currículo - Carla Palamone tem 51 anos, é certificada pela Associação Brasileira dos Terapeutas e pós-graduanda em Neurociência, Psicologia Positiva e Mindfulness, pela PUC-PR. É, também, terapeuta de Biomagnetismo Médico e facilitadora de Barras de Access, pela Escola Americana de Expansão de Consciência.

Por - Renato Pirauá