Após meses de dedicação, alunos da rede municipal de São Vicente vão testar todo o conhecimento adquirido em aulas teóricas e práticas com a prova da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), marcada para a manhã desta sexta-feira (16). No total, são dez questões a serem respondidas, sendo sete de Astronomia e três de Astronáutica. Todas as perguntas são objetivas e valem um ponto cada.
A prova é presencial e aplicada em uma única fase na própria escola dos inscritos, com duração de duas horas para os participantes do ensino fundamental.
Os estudantes do cursinho Cellula Mater (preparatório para alunos interessados em ingressar em escolas técnicas públicas no ensino médio) estão empenhados desde o início do ano para a OBA, conforme explica a assessora pedagógica da Secretaria de Educação (Seduc), Eliana Isidoro. “A participação abrange do ensino fundamental ao ensino médio, e alunos de 9º ano aprovados nessa fase ficam credenciados a participar da Olimpíada de Astronomia Internacional, concorrendo a bolsas de estudos em cursos da preferência deles”, detalha.
Além da aprendizagem teórica, o grupo transformou todo o conhecimento em foguetes confeccionados a partir de garrafas PET e lançados por propulsão a ar, participando de uma outra competição: a Olimpíada Brasileira de Foguetes (OBAFOG). “Quando colocamos isso tudo na prática, fica bem divertido e faz mais sentido para eles, além de prepará-los melhor para uma formação no ensino superior e no mercado de trabalho”, avalia a professora de matemática Eliana Barbalho, coordenadora do cursinho Cellula Mater.
Na manhã de quarta-feira (14), a dois dias da prova da OBA, o lançamento de foguetes envolveu alunos da UE Carolina Dantas (Catiapoã), no 2º Batalhão de Infantaria Leve Aeromóvel (BIL). À tarde foi a vez dos estudantes da UE Pastor Joaquim Rodrigues (Náutica 3) vivenciarem a experiência, na própria escola.
Mirelly Oliveira, de 14 anos, conta que gostou muito. “”Preferi a parte prática, porque é importante ter uma coisa diferente assim para aprender melhor, sair um pouco da sala de aula”, avaliou a jovem. Seu colega Allan Samuel, 14 anos, também aprovou o lançamento de foguetes, mas comentou sobre a preparação para sexta-feira. “Estudamos bastante nesse tempo todo para a prova da OBA, e agora é ter foco para ver no que dá”.
Professor de matemática da UE Carolina Dantas, Gabriel Moraes acompanhou os alunos no 2º BIL. “É um projeto que trabalha com ‘mão na massa’, ligando várias áreas, como astronomia, astronáutica, aerodinâmica, física, cálculo… A gente conecta tudo isso e coloca na prática, deixando o conhecimento mais interessante”.
A OBA e a OBAFOG são organizadas pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB), e é aberta a todos os estudantes do ensino fundamental e médio do País.
Em São Vicente, qualquer escola pode participar. Uma parceria entre o cursinho Cellula Mater e o Núcleo de Educação Ambiental, ambos da Seduc, mesclou conhecimento das áreas de ciências e matemática com sustentabilidade, de uma maneira leve e com foco total no conhecimento.
Texto - Renato Pirauá e Felipe Falcão
Foto - Tadeu Filho