Um dos principais problemas enfrentados pelo público feminino infelizmente é a violência. Por esse motivo, a equipe do Hospital Vicentino promoveu, nesta segunda-feira (24), uma palestra de combate à Violência Contra a Mulher e uma aula de defesa pessoal em parceria com o 39º Batalhão da Polícia Militar (BPMI).
O projeto foi idealizado pela enfermeira da Educação Permanente, Márcia Maria Costa Conte, com o apoio da gerente do hospital, Cíntia Maria Silva. A ideia inicial era trazer a aula de defesa pessoal, e o 39º BPMI concordou em colaborar, sugerindo, também, uma palestra sobre violência.
“O mês das mulheres é uma oportunidade importante para destacar o empoderamento feminino. E nada melhor do que uma aula de defesa pessoal para ajudar as mulheres a desenvolverem autoconfiança e a se sentirem mais capazes de se defender, até mesmo em situações que possam ocorrer dentro do hospital”, explica a enfermeira da Educação Permanente.
As atividades começaram com a palestra sobre violência, ministrada pela soldado Bruna Nagode e pela cabo Valkiria Aquino. Elas abordaram os diferentes tipos de violência contra a mulher, explicando que a violência não é apenas física, mas também psicológica, e patrimonial. As policiais detalharam a Lei Maria da Penha e orientaram sobre como fazer a denúncia de violência contra a mulher. Também destacaram os sinais de violência, ajudando às funcionárias a identificar quando uma paciente possa estar vivenciando essa situação.
“Nossa presença aqui tem o objetivo de auxiliá-las não só como profissionais, mas também como mulheres. Acreditamos que, em algum momento, aqui neste local, pode haver alguma delas que esteja passando por violência doméstica. Além disso, elas podem atender pessoas que vivenciam essa realidade e aprender a identificar os sinais. Viemos para agregar esses dois aspectos: o profissional e o pessoal”, destaca a soldado Bruna Nagode, da Polícia Militar.
Em seguida, o soldado João Victor Akui conduziu a aula de defesa pessoal, ensinando as funcionárias a se desvencilhar de um agressor e a buscar ajuda, ou até mesmo a se defender em casos extremos, quando não for possível fugir ou pedir socorro.
Foram demonstradas técnicas para se soltar quando agarrada pelo braço, cabelo e de um abraço. Além disso, foram abordadas formas de se defender de ataques surpresa (quando se está dormindo ou distraída) e como reagir a um agressor em situações onde não é possível fugir para buscar ajuda, sempre com foco em um nocaute rápido para permitir a fuga e chamar a polícia.
A enfermeira Carol Fernandes se mostrou bastante satisfeita com a programação: “As policiais foram muito esclarecedoras e nos forneceram os números de contato para pedir ajuda. Aprendemos a identificar os sinais de violência para poder ajudar pacientes que estejam passando por essa situação, além de aprender como nos defender e escapar de uma situação de agressão”.
Outra funcionária que também compartilhou sua experiência foi Aline Gil de Souza, auxiliar de enfermagem: “Atendemos muitas mulheres que chegam com hematomas ou machucadas e, muitas vezes, elas se culpam pelo que aconteceu. Aprendemos como cuidar e auxiliar essas mulheres.” Ela acrescenta: “Além de manter o controle e nos defender em situações de vulnerabilidade, também podemos lidar com possíveis agressões que podem ocorrer, até mesmo no ambiente de trabalho”.