O lançamento de foguetes realizado na primeira quinzena de maio por alunos de escolas municipais participantes da Olimpíada Brasileira de Foguetes (OBAFOG) coincide com uma importante celebração internacional: o Dia Mundial da Reciclagem, comemorado neste sábado (17).
Instituída a partir de 2005 pela Organização das Nações Unidas (ONU), a data comemorativa foi criada para promover a conscientização sobre a importância de reciclar e cuidar do meio ambiente. O objetivo é incentivar ações que ajudem a reduzir o desperdício, preservar recursos naturais e promover um planeta mais sustentável.
“A OBAFOG ajuda a obter conhecimentos mais técnicos, como calcular a velocidade em metros por segundo, aplicar as leis de Newton e descobrir a astronomia pura na ciência. Mas a confecção dos foguetes está ligada ao dia a dia desses jovens, porque são confeccionados com materiais recicláveis, unindo sustentabilidade e tecnologia”, conta a assessora pedagógica da Secretaria de Educação (Seduc), Eliana Isidoro, detalhando que os foguetes são construídos com garrafas PET, papel, tampinhas plásticas, entre outros. A propulsão também é realizada com energia limpa, a base de água e ar.
A iniciativa vai ao encontro de uma série de ações sustentáveis realizadas no ambiente escolar de São Vicente, por meio do Núcleo de Educação Ambiental da Seduc. Desde 21 de março, por exemplo, os mais de 38 mil estudantes da rede municipal estão envolvidos na 4ª edição da Gincana Sustentável Solidária, que faz parte do Programa Escola Verde Azul e, neste ano, traz como tema “Cultura Oceânica: o oceano que regula o clima”.
Durante o decorrer do ano, todas as unidades se unem para realizar atividades pedagógicas, lúdicas, responsáveis, participativas e solidárias, atuando com práticas sustentáveis voltadas à gestão de resíduos - como a coleta seletiva, reciclagem e a logística reversa dos materiais. Boa parte desses resíduos tem o potencial de chegar aos rios e mares, colocando em risco a fauna e flora fluvial e marinha
De acordo com a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), a ciência oceânica já possui competência para diagnosticar problemas, mas a sua capacidade de oferecer soluções de relevância direta para a sustentabilidade ainda exige esforços massivos. Daí o envolvimento das crianças e jovens por um mundo mais consciente e sustentável.
Texto - Renato Pirauá