Nas noites dos dias 16 e 30 de maio (sexta-feira), a partir das 18h, o Multicultural, na Praça 22 de Janeiro (Centro), exibirá diversas sessões gratuitas de projetos, documentários e filmes a fim de fomentar a cultura e facilitar o acesso à ela na Cidade, além de promover a formação de novos públicos e a circulação de obras em São Vicente.
As sessões, que são gratuitas, trazem temas urgentes e emocionantes que atravessam arte, ancestralidade, protagonismo feminino, periferia e resistência. A iniciativa é patrocinada pelo ponto MIS, programa de difusão cultural do Museu da Imagem e do Som (MIS) de São Paulo, em parceria com a Secretaria de Cultura (Secult).
O destaque da noite do dia 16 é o filme Xingu-Tokyo: Uma Conexão Ancestral, produzido por Sylvio Rocha com direção de Marisa Moreira Salles, Pedro Jezler, Rafael Costa e Tomas Alvim. O filme promove um diálogo entre culturas ao retratar a exposição de bancos indígenas brasileiros no Museu Metropolitano de Arte Teien, em Tóquio, revelando a sofisticação da arte dos povos originários do Xingu e suas conexões com o Japão.
Nascer, dirigido por Luciano Oreggia, aborda o parto humanizado no Brasil com sensibilidade e profundidade, refletindo sobre o papel da mulher no processo de gerar e trazendo à tona uma discussão fundamental sobre autonomia, direitos reprodutivos e maternidade.
Em Passo a Passo: A História do Ballet de Paraisópolis, Raphael Scire conta os 10 anos do Ballet de Paraisópolis, uma história inspiradora de arte e transformação social, protagonizada por sua fundadora, Monica Tarragó e por jovens da favela que veem na dança um caminho de esperança.
Já o curta-metragem Projeta Quebrada, de Fernanda Frazão e Karol Maia, também com produção de Sylvio Rocha, destaca projetos periféricos que promovem soluções criativas e coletivas em áreas como cultura, tecnologia, moda e sustentabilidade, mostrando a potência da favela como espaço de inovação e resistência.
Esses documentários são um retrato pulsante do Brasil profundo e plural, e convidam o público a enxergar realidades que muitas vezes ficam à margem, mas que têm muito a dizer – e a transformar.
Por Rafael Dias