Administrar uma cidade escassa de recursos e repasses é uma tarefa complexa, principalmente quando se faz necessário enfrentar problemas muitas vezes negligenciados por anos. Em meio a este cenário de adversidades, a atual gestão tem prezado pela responsabilidade fiscal e pela transparência. Como resultado, no final de junho, o Município quitou as rescisões de contratos relativos aos servidores aposentados durante os dois mandatos anteriores na Cidade (2013-2020), dos ex-prefeitos Luís Cláudio Bili e Pedro Gouvêa. Com isso, a Prefeitura está apta a iniciar a regularização das pendências referentes às rescisões a partir de 2021.
Os pagamentos contemplaram cerca de 400 servidores, totalizando mais de R$10 milhões. Para efeitos de comparação, o valor é equivalente ao investimento adquirido para a revitalização da Orla do Gonzaguinha.
"Herdamos uma cidade quebrada. Às vezes a pessoa fala 'mas não sabia disso? Pegou porque quis', sem parar para refletir que o dinheiro de hoje serve muitas vezes para pagar atrasos como esse, de direitos do servidor no passado. Agora, finalmente, começamos a entrar nos anos de rescisão do nosso governo, o que, era em tese, o que já deveria ter sido feito. Mas para começar, precisávamos respeitar uma ordem cronológica e acertar com quem se aposentou antes", explica o prefeito Kayo Amado.
Os desafios financeiros são enfrentados diariamente em São Vicente. No primeiro mandato, a atual gestão quitou mais de R$600 milhões de dívidas, sejam elas por débitos trabalhistas, obras sem prestação de contas, entre outros. O montante dessa despesa custearia a construção de 40 UPAs para a Cidade. A inadimplência pode ocasionar o bloqueio de repasses estaduais e federais, por exemplo.
Só neste primeiro semestre do novo mandato, a Administração Municipal quitou mais de R$60 milhões, quase o valor destinado para a construção do Complexo Maternoinfantil (R$67 milhões).
"Todos os dias a gente levanta e se dedica a fazer o melhor, a organizar uma cidade quebrada. Com muita responsabilidade e transparência, buscamos manter São Vicente de pé", concluiu Kayo Amado.