A hipertensão é a principal geradora de risco para doenças cardiovasculares, como infarto, AVC, doença renal crônica, insuficiência cardíaca e demência. Pensando nisso, a Prefeitura de São Vicente, por meio da Secretaria da Saúde (Sesau), em parceria com a Sociedade Brasileira de Hipertensão realizou, nesta quarta-feira (2), no auditório da UniBR, um treinamento para abordar os diferentes aspectos da doença.
A ação foi ministrada pela médica nefrologista, Frida Liane Plavnik, e pelo cardiologista Amauri Zatorre Amaral, ambos integrantes da Sociedade Brasileira de Hipertensão. Foram abordados os fatores de risco, demais doenças às quais a hipertensão pode causar, exames para identificação da doença, leituras de eletrocardiograma do paciente, alterações nos exames, exames complementares, métodos preventivos (alimentação saudável, atividade física, redução de bebidas alcoólicas), tratamentos e uma dinâmica de análise de casos clínicos reais.
“O objetivo da ação foi dar o pontapé inicial no projeto que a Secretaria de Saúde de São Vicente está aderindo, o Aliança Onda. Essa iniciativa é um movimento lançado pela Sociedade Brasileira de Hipertensão, que tem como objetivo conseguir controlar 70% dos pacientes hipertensos até 2030, diminuindo, assim, o risco de mortalidade por doenças cardiovasculares. O planejamento é que, se conseguirmos implementar esse projeto, mais de 365 mil vidas sejam salvas até 2040”, pontuou a médica nefrologista, Frida Liane Plavnik.
“A hipertensão é o principal fator de risco para doenças cardiovasculares, como infarto, AVC, doença renal crônica, insuficiência cardíaca, demência, entre outras. Então, a abordagem adequada e o controle já reduzem o número de mortes”, reforçou a professora.
“Um ponto que considero importante é a estratificação dos pacientes de risco cardiovascular na hipertensão. O intuito é diminuir os riscos desses pacientes e promover uma melhora futura. A hipertensão tem uma alta prevalência que contribui diretamente com a mortalidade cardiovascular, com isso. Por isso, se faz importante uma discussão com todos os entes de atenção primária à saúde”, frisou o cardiologista Amauri Zatorre Amaral.
Quem estava atenta a todos os detalhes foi a enfermeira da UBS Catiapoã, Nicete Valentim de Souza Silva, que comentou os pontos que mais lhe chamaram a atenção: “Foi bem interessante essa interação entre a equipe médica e a de enfermagem e os pontos que foram abordados. Principalmente, a questão da qualidade de vida, que é o que vai influenciar a hipertensão controlada, e isso foi fundamental. Porque, há casos em que a pessoa precisa ser medicada para controlar a pressão. Então, primeiramente é mudança de qualidade de vida para que, lá na frente, a gente possa amenizar esse problema”.
“Esse encontro teve um saldo positivo para os nossos profissionais da atenção básica em saúde. Tivemos dois profissionais da Sociedade Brasileira de Hipertensão passando seus conhecimentos sobre tratamentos, diagnósticos, fatores de risco e de proteção com relação à doença. Quero agradecer aos profissionais pela palestra e às equipes das unidades básicas por comparecerem”, salientou a secretária da Saúde, Michelle Santos.