Embora seja reconhecida pelos benefícios que oferece ao bebê, a amamentação também traz impactos positivos para a saúde e o bem-estar da mãe. O ato estimula a liberação de ocitocina, hormônio ligado à sensação de relaxamento e também conhecido como hormônio do amor. A amentação é benéfica não somente no imediato, mas na formação de vínculo entre a mãe e o bebê. Foi pensando em levar esse bem-estar à sua filha, que a presidente do Fundo Social e psicóloga, Thaynã Amado, tem vivido essa experiencia com sua filha Melissa, de 3 meses.
“Amamentar é proporcionar todos os nutrientes essenciais para a criança e dar muito amor, pois o leite materno não é somente alimento, mas, também, é acalento”, aponta a psicologa.
O período de amamentação é considerado crucial para a criação de vínculos afetivos. O contato pele a pele, o olhar direto e o tempo de proximidade favorecem a construção de uma relação de confiança e segurança entre mãe e bebê. Esses momentos de intimidade contribuem para o desenvolvimento emocional da criança e fortalecem a autoestima materna, tornando a amamentação um ato que vai muito além da nutrição.
“O vínculo nasce no momento do nascimento, mas ele vai se construindo nessas horas de intimidade. Para mim, é muito gratificante e significativo ver minha filha crescendo e se desenvolvendo, com certeza irei sentir falta dessa fase”, comenta.
Apesar dos inúmeros benefícios, a amamentação nem sempre é um processo simples. Muitas mães enfrentam dificuldades como dores, rachaduras nos seios, entre outros desafios que podem tornar o ato desgastante para a saúde e mental. Reconhecer suas dificuldades é fundamental para evitar que a experiência se torne um motivo de sofrimento e desestímulo.
“Consigo me lembrar da primeira vez em que amamentei sem dor. Foi um momento muito marcante para mim”, lembra a mãe da pequena Melissa.
Cada jornada é única, mas buscar ajuda e persistir, quando possível, pode transformar a experiência em um momento de fortalecimento e conexão.
Para as mães que estão enfrentando dificuldades nessa fase, Thaynã deixa sua mensagem. “Não desistam. A amentação é desafiadora, mas essa fase passa, e o resultado é muito compensatório. Conseguimos perceber que nosso corpo consegue produzir tudo que nossos bebês precisam”, conclui.
Doação de leite materno: Para as mães que produzem leites e gostariam de ajudar as mulheres que não podem amamentar seus filhos, o Banco de Leite do Hospital Guilherme Álvaro oferece todo o suporte para as mães de toda a Baixada Santista que desejam doar, desde avaliação de saúde até o fornecimento de frascos esterilizados e a coleta domiciliar do leite.
Para doar basta realizar o cadastro no banco de leite, que fica na Rua Oswaldo Cruz, 197 - Boqueirão, em Santos. O atendimento é de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h e das 13h às 17h. Após a etapa inicial, será realizada uma coleta de sangue para exames laboratoriais e fornecidas orientações a respeito da doação. Após a coleta, profissionais do Banco de Leite retiram a doação em domicílio.
Por Yasmin Cristini