Não é todo dia que se encontra uma mulher que escreve com o coração aberto e a mente inquieta, que enxerga a palavra como bússola e a escrita como travessia. Mas Carla Palamone é assim: jornalista por formação, escritora por vocação e humana em cada página que redige — seja numa notícia oficial ou no prefácio de uma nova versão de si mesma. Nesta sexta-feira (25), no Dia Nacional do Escritor, a história é sobre ela. E como toda boa narrativa, começa com um olhar para dentro.
Autora do livro ‘Quando Olhei Pra Mim’, Carla fala de autoamor, autocompaixão e do encontro mais importante que qualquer um pode ter: consigo mesmo. A obra nasceu pouco depois de sua pós-graduação em Neurociência, Psicologia Positiva e Mindfulness — e foi inicialmente uma mentoria, logo transformada em guia prático, recheado de exercícios, reflexões e convites ao recomeço. Um livro que não tem uma personagem inventada, mas sim uma verdade vivida.
“Gosto de chamar de autorreconhecimento, não só autoconhecimento. Porque é sobre recalcular a rota da vida, mudar padrões mentais, parar de aceitar migalhas achando que são banquetes. É sobre enxergar o próprio valor”, conta Carla.
A literatura sempre esteve em sua essência — e também em seu ofício. Hoje ela atua como integrante da equipe da Secretaria de Imprensa e Comunicação Social de São Vicente (Seicom). Carla já passou por veículos como a agência Um Mais Um (Petrobras), Rádio Litoral (Programa Economia e Negócios) e TV Santa Cecília (Programa Mulheres Dez), somando experiências que afiaram seu olhar e aguçaram sua escuta — marcas da boa escrita e da boa vivência.
O lançamento da obra veio aos 53 anos, mas escrever sempre esteve em sua essência. Carla já havia publicado dois e-books: ‘Cuidando de Mim’ e ‘Quem Cuida de Quem Cuida’, ambos voltados ao universo do desenvolvimento pessoal. Na juventude, lia autores como Paulo Coelho e Richard Bach, e se encantava com livros que falavam de emoções, como Vivendo, Amando e Aprendendo, de Leo Buscaglia. Mais tarde, mergulhou em autores como Daniel Goleman, Joe Dispenza e Eckhart Tolle, combinando ciência e espiritualidade numa jornada de autodesenvolvimento contínuo.
Mas antes de ser escritora, Carla se desdobra em outras faces: formou-se em jornalismo aos 33 anos, tornou-se mãe apaixonada aos 39, servidora pública aprovada em concurso aos 36, pós-graduada em múltiplas áreas depois dos 50. Ela é mulher, é curiosa, é devota da natureza e dos detalhes.
A multiplicidade se reflete em sua visão sobre literatura. Para ela, os livros têm o poder de expandir consciências, abrir portais e revelar universos novos — e também antigos, que já moravam em nós, mas que às vezes esquecemos de visitar.
“Mesmo na ficção, a gente aprende com o que lê. Visita mundos, se vê nos personagens, repensa escolhas, encontra respostas e, às vezes, encontra perguntas melhores. Livros são estradas com atalhos únicos. Mas cada leitor enxerga flores diferentes no mesmo caminho”.
Se a vida fosse um livro, Carla saberia bem como escrever esse trecho: com coragem, presença e autenticidade. Porque o tempo já lhe ensinou que recomeçar não é sinônimo de fracasso — é sinal de maturidade. É escolher seguir em frente com mais consciência, mesmo quando o caminho exige silêncio, pausa e reinvenção.
O capítulo que ela vive hoje não tem pressa, nem rótulos. É feito de descobertas, de compromissos consigo mesma e de um novo olhar sobre o que realmente importa. Um tempo de acolhimento, de confiar nos próprios passos, de viver com intenção.
Capítulo: “Acredite, confie, recomece”.
Frase: “Comprometa-se com quem você é — e, sobretudo, aproveite. Porque a vida não tem idade, só vontade”.
Em tempos de urgências rasas, Carla Palamone escreve fundo. Faz da escrita um espelho, e da leitura um ritual. No Dia do Escritor, sua trajetória lembra que há beleza em cada verbo bem conjugado — especialmente os que falam de recomeçar, amar e seguir.
Porque, no fim das contas, talvez escrever seja isso: encontrar sentido nas entrelinhas da vida.
Para quem quiser mergulhar nesse universo de autoconhecimento e encontro consigo, ‘Quando Olhei Pra Mim’ está disponível nas plataformas digitais como Amazon, Submarino, no site da editora Viseu ou sob encomenda em qualquer livraria.
Por - Jessica Costabile