A Unidade Educacional Jorge Bierrenbach Senra (Jardim Rio Branco) celebrou na noite desta segunda-feira (1º) o Dia da Bailarina, com uma programação especial para as alunas da oficina de balé. As meninas receberam um lanche festivo, chocolates e uma lembrança em MDF no formato de bailarina, reforçando a valorização pelo projeto que já se consolidou como parte da rotina escolar.
Com collant, meia-calça e sapatilhas, cerca de 30 alunas — entre 6 e 9 anos — participam semanalmente das aulas conduzidas pela professora Dany Gonçalves, que há mais de 20 anos se dedica ao ensino do balé. Para ela, o projeto vai muito além da técnica. “Aprendi balé graças a um projeto social em Santos. Agora retribuo, ensinando novas meninas”, comenta Dany, ressaltando a proximidade que criou com as alunas. “Aqui eu sou professora, amiga, confidente e conselheira. Nas nossas aulas, não se trabalha só a técnica, mas também a socialização, o que é muito importante para as crianças”, destacou.
Aproximando a comunidade da escola e fortalecendo vínculos, a iniciativa propicia um impacto positivo, conforme conta a diretora Michele Cristina da Silva. “Tudo que é diferente fica mais atrativo. Começamos no ano passado e a adesão está cada vez maior. As mães também estão mais próximas da escola. Elas trazem as filhas para o balé e aguardam no pátio até o fim da aula”.
As famílias confirmam os benefícios do projeto. Ingrid Costa, mãe de Valentina (9 anos), contou que em um ano de balé, percebeu uma melhora na postura da filha. “Ela está mais participativa agora, tanto no balé quanto na sala de aula”. Já Tayani Simão de Carvalho, mãe de Ana Clara (6), disse que vê no balé uma oportunidade de crescimento. “Eu já fiz balé quando criança e sei que ajuda na disposição, na autoestima, dá mais energia e ajuda na disciplina”.
As próprias alunas também compartilham suas experiências. Valentina, (9) diz que participar das aulas de balé é um sonho realizado. “Quando eu soube que ia ter na escola, fiquei muito empolgada. No começo meu pé era um pouco ruim, mas treinei em casa, e ele ficou bastante bom. Ainda não consigo ficar em ponta do pé, mas tá quase”.
Lara (9) acredita que ficou mais calma, alegre e bem educada depois que ingressou na oficina. “Também melhorei nas aulas da escola. O que mais gosto é o convívio com as outras meninas. É bem divertido, porque a gente aprende junto e dá risada”.
Ana Clara (6), que entrou para o grupo no mês passado, afirmou que “desde pequena queria ser bailarina". E ainda fez questão de elogiar a professor. “Eu gosto muito das aulas da tia Dany”.
A oficina de balé na UE Jorge Bierrenbach Senra acontece sempre às segundas-feiras, das 17h45 às 18h30.
Significado da data - O Dia da Bailarina é celebrado em 1º de setembro em homenagem ao nascimento da sueca Marie Taglioni (1804), considerada a primeira bailarina a dançar nas pontas dos pés como recurso artístico. Foi ela também quem imortalizou o uso do tutu romântico, a famosa saia branca de tule até a altura da panturrilha.
Texto - Renato Pirauá
Fotos - Tadeu Filho