A Praia do Itararé foi palco de uma atividade educativa e artística que encantou alunos e professores na tarde desta terça-feira (21). Crianças e adolescentes da rede pública participaram da oficina “Arte Marinha na Praia”, ministrada pela artista plástica Renata Louzada, de Itanhaém, especializada em esculturas de areia.
A ação fez parte da programação do projeto “Oceano Vivo: o poder do protagonismo ambiental”, desenvolvido pelo PIBID UNESP CLP, sob coordenação da professora especialista Márcia Franco, e integrou as atividades da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. O objetivo principal foi promover a cultura oceânica por meio de uma vivência criativa e ambiental, reforçando o vínculo entre os estudantes e o ecossistema marinho.
Durante a oficina, os alunos foram incentivados a representar a biodiversidade do oceano por meio da escultura em areia. Tartarugas, raias e tubarões ganharam forma pelas mãos dos participantes, que, além de aprenderem técnicas artísticas, vivenciaram momentos de lazer e conexão com a natureza.
“A proposta é mostrar para as crianças a importância do oceano em nossas vidas, de uma forma lúdica, sensível e educativa. Eles entendem que preservar o oceano também é preservar a própria vida”, explicou Alessandra Augusto, docente da UNESP envolvida na ação.
Para muitos estudantes, o contato com o litoral foi inédito. “Muitos deles vêm de comunidades carentes e nunca tiveram a chance de estar numa praia. Hoje é um dia especial: eles estão aprendendo, se divertindo... É um projeto formidável”, comentou a professora Elisabeth Rinaldi, que acompanhou os alunos.
Responsável pela oficina, Renata Louzada destacou o caráter terapêutico da escultura em areia. “É uma arte que gera bem-estar. O mais bonito é ver a energia deles, o brilho nos olhos enquanto criam. Isso aqui é mais do que arte — é uma vivência que eles vão guardar”, afirmou a artista.
A atividade também contribuiu para o desenvolvimento de habilidades sociais e motoras. “Estou fazendo uma raia enorme com amigos novos. Aprendi muita coisa que não sabia. Foi muito legal”, contou Sofia, aluna do 9º ano. Outro participante, Wesley, também do 9º ano, conseguiu esculpir uma tartaruga. “Embora difícil, estou conseguindo aplicar as técnicas que aprendi”.
Segundo a assessora pedagógica da Secretaria de Educação (Seduc), Vandilma Galindo, a oficina foi planejada para ser uma experiência marcante. “A gente acredita que toda vez que o aluno participa de uma atividade significativa, ele leva isso pra vida. Aqui eles criaram um ambiente marinho com a própria areia, o que é extremamente importante para que comecem a entender a importância do oceano para as nossas vidas — e a nossa vida para o oceano”, observou.
Além da oficina de esculturas, a programação da semana inclui exposições de fotos, artes visuais e outras intervenções culturais voltadas ao tema da ciência, tecnologia e preservação dos oceanos, em parceria com a UNESP, a Secretaria do Meio Ambiente (Semam) e a Secretaria de Educação (Seduc).
Por Felipe Falcão