Métodos de tratamento, monitoramento, importância da notificação e variações da doença. Esses foram alguns dos tópicos abordados no treinamento sobre sífilis tardia, realizado nesta terça-feira (7), no auditório da Secretaria da Saúde, para enfermeiros e enfermeiras da rede básica de saúde e de urgência e emergência do Município.
A ação foi dividida em quatro partes: na primeira, os participantes aprenderam sobre a doença, que trata-se de uma infecção bacteriana curável, transmitida exclusivamente entre seres humanos. Em seguida, foram explicadas as fases da sífilis tardia, que se divide em recente (quando a evolução da doença ocorre em até um ano) e tardia (mais de um ano de evolução). Também foi abordado o exame de sangue VDRL, utilizado para triagem e acompanhamento da doença.
“É um tema que os profissionais da nossa rede já estão acostumados, mas é sempre importante revisitar para tirar alguma dúvida. Sempre fazemos essa interação para garantir que todos estejam atualizados com as melhores práticas de diagnóstico, tratamento e prevenção. A sífilis, apesar de ser uma doença conhecida, ainda exige atenção constante, pois não é tratada de maneira correta, podendo trazer riscos muito graves”, salientou a coordenadora do programa de IST/Aids, Samantha Barros Agria Theodosio.
Na segunda parte do treinamento, foi destacada a importância do acompanhamento das gestantes em caso de contaminação. A doença pode ser transmitida ao bebê caso o tratamento adotado não seja o adequado, o que torna o monitoramento ainda mais crucial durante a gestação.
A terceira etapa do treinamento focou no teste de sensibilidade à penicilina, que ajuda a determinar se o paciente é alérgico à medicação. Esse teste é essencial antes de prescrever a penicilina, que é o tratamento mais eficaz para a sífilis.
Por fim, foi apresentado aos profissionais um novo documento que será utilizado para o preenchimento das notificações de sífilis tardia no município. A implementação dessa medida vai contribuir para um melhor controle e acompanhamento dos casos.
“O que mais gostei no treinamento foi essa implementação do documento para fazermos a notificação de sífilis tardia. Nós só fazíamos a de sífilis congênita. Vai ajudar a ter mais controle dos casos e a preparar a gente para oferecer o tratamento ao paciente”, pontuou a enfermeira responsável da Unidade de Saúde da Mulher, Carol Vallejo.