A Prefeitura de São Vicente realizou, na quarta-feira (17), a edição 2025 da Feira de Economia Solidária. O evento ocorreu no Bolsão do Itararé, na Avenida Ayrton Senna, e coroou a Semana da Economia Solidária. A iniciativa foi promovida por meio de parceria entre a Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania (Sedhc) e a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes).
A feira reuniu empreendimentos, associações e cooperativas locais. Também participaram grupos de comercialização e diferentes atores sociais da cidade. Durante o evento, foram realizadas rodas de conversa e trocas de experiências. O objetivo foi fortalecer e impulsionar os empreendimentos locais.
A diretora de Gestão do Sistema Único de Assistência Social (Suas), Rosana Andrade Leite, destacou a importância do encontro como espaço de aprendizado e construção coletiva. “É um momento de troca de conhecimentos e de reflexão sobre o trabalho desenvolvido na cidade desde 2017”, afirmou.
Segundo Rosana, a feira também permite atualização entre os participantes. “Cada participante pode compartilhar o que vem construindo em seu projeto ou empreendimento”, explicou.
A programação incluiu debates sobre políticas públicas de Economia Popular e Solidária, Segurança Alimentar e Nutricional e Agricultura Urbana e Periurbana. As discussões envolveram São Vicente e a Região Metropolitana da Baixada Santista.
De acordo com Newton Rodrigues, integrante da Secretaria Executiva do Fórum de Economia Solidária da Baixada Santista, a iniciativa buscou integrar redes e fortalecer políticas públicas intersetoriais
O produtor agrícola Renato Watanabe ressaltou a importância do acesso aos alimentos orgânicos. “Nem todos têm acesso a esses produtos, e muitos mercados não oferecem essa variedade. Aqui conseguimos reunir produtos orgânicos e levar essa oferta ao público”, disse.
Um dos destaques do evento foi a Oficina de Meliponicultura. A atividade foi conduzida pelo meliponicultor Paulo Arrabal, de 69 anos, que compartilhou sua experiência com a criação de abelhas sem ferrão. “Depois que me aposentei, decidi investir nessa paixão e na produção de mel”, contou. Ele explicou as diferenças entre meliponicultura e apicultura tradicional. Também apresentou um método simples para criação caseira e cultivo do mel.
Interessado no tema, Leandro José de Castro destacou o potencial econômico da atividade. Ele é proprietário de dois sítios no bairro Paratinga. “É uma fonte de renda local e tenho interesse em investir nesse setor”, afirmou. Segundo ele, a atividade pode fortalecer a produção rural.
Ao final do evento, Rosana Andrade Leite reforçou o valor do trabalho coletivo. Ela também integra o Conselho de Economia Solidária. “Aqui se cria um novo modelo de produção, baseado em grupos e no trabalho em conjunto. Essa troca de ideias beneficia todos os presentes, permitindo que se atualizem e se mantenham no mercado”, concluiu.