A manhã deste sábado (25) foi marcada por muita informação, acolhimento e cuidado na Unidade de Saúde da Mulher (Centro). A Prefeitura de São Vicente, por meio da Secretaria da Saúde (Sesau), realizou o 6º Mutirão do Implanon da Área Insular, beneficiando 127 adolescentes com idades entre 15 e 17 anos.
A iniciativa teve como propósito ampliar o acesso a métodos contraceptivos seguros e orientar as jovens sobre saúde sexual e reprodutiva, reforçando a importância da prevenção e do cuidado com o corpo.
Durante a ação, as participantes passaram por testes rápidos de HIV, sífilis e gravidez, além de uma aula educativa conduzida por profissionais de saúde, que abordaram temas como os diferentes métodos contraceptivos (camisinha, diafragma, hormonais, DIU e cirúrgicos) e explicaram o funcionamento do Implanon, um dos métodos mais eficazes, com 99% de proteção e duração de três anos. Mitos e dúvidas comuns, como receio de aumento de peso, acne ou outros efeitos colaterais, também foram esclarecidos de forma leve e informativa.
Outro ponto importante reforçado foi o alerta de que, embora o Implanon seja altamente eficaz contra a gravidez, ele não substitui o uso do preservativo, essencial na prevenção das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
Entre as participantes, estava uma família inteira unida pela prevenção: avó, mãe e neta compareceram juntas à unidade para garantir informação e cuidado.
Isabela Nicolucci Lima, de 16 anos, foi uma das adolescentes atendidas: “Escolhi porque é o método mais eficaz, mais seguro. Soube do mutirão pelas redes sociais e fui me inscrever logo. Foi bem tranquilo para colocar”.
A avó, Maria José Teixeira Rodrigues, acompanhou a neta e ressaltou a importância das orientações oferecidas antes da aplicação: “Gostei muito da aula que a enfermeira deu antes da aplicação, foi muito importante. Devíamos ter mais momentos assim. Eu já vim preparada, pesquisei sobre o método e tudo sobre ele. Quando abriram as inscrições, logo avisei minha neta, porque, no mutirão anterior, a gente perdeu o prazo. Fomos perguntando no posto perto de casa, acompanhando pelas redes sociais, e, no fim, deu tudo certo. Ela saiu protegida contra uma gravidez indesejada”.
Para Carolina Nicolucci, mãe de Isabela, o mutirão vai além da prevenção: é uma oportunidade de futuro: “Achei interessante porque previne a gravidez na juventude, dando mais espaço para estudar, entrar em um programa de jovem aprendiz, pensar em um futuro melhor. Além da aula, gostei de terem oferecido os testes de HIV e sífilis. Já que está lá, aproveita e vê se está com a saúde em dia. É uma ótima ação que a Prefeitura vem fazendo para as meninas dessa idade”.
“Ficamos muito satisfeitos em ver 127 meninas saindo da unidade protegidas contra uma gravidez não planejada e, principalmente, mais informadas sobre o cuidado com o corpo e a prevenção das IST’s. Esse é o papel da saúde pública: acolher, orientar e garantir o acesso aos métodos contraceptivos de forma segura. Convidamos todas as jovens da Área Continental para participarem do próximo mutirão, que será realizado no dia 8 de novembro. Queremos que mais adolescentes tenham essa mesma oportunidade”, ressaltou a secretária da Saúde, Michelle Santos.