Nesta quarta-feira (10), Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, o alerta é claro: acolher, escutar e falar sobre o tema é proteger quem você ama.
“O suicídio tem vários fatores envolvidos. O primeiro é saber reconhecer os sinaisr. Isso já é uma forma de prevenir e de pedir ajuda”, explica a enfermeira e responsável técnica do Caps III Matter, Michelle Maria Alberto.
Isolamento social, desesperança, tristeza profunda e frases como “não aguento mais”, “vou sumir” ou “vou acabar com a minha vida” são exemplos de manifestações verbais e comportamentais podem indicar sofrimento. Identificar esses sinais pode representar o primeiro passo para salvar uma vida.
“Não é uma causa isolada. É um sofrimento muito grande, e o indivíduo acaba acreditando que a morte é a única saída. Por isso, os vínculos afetivos são fundamentais para que essa pessoa consiga se abrir com alguém em quem confia e, assim, essa pessoa possa perceber as mudanças”, explica a profissional.
A enfermeira ressalta que não há um perfil específico de pessoa suscetível ao suicídio, porém, existem fatores de risco como histórico familiar, transtornos mentais (como a depressão e psicoses), perdas significativas e crises econômicas: “Em alguns casos, a tentativa pode ser um sintoma da depressão. Em outros, ocorre em pessoas com transtornos psicóticos, que ouvem vozes e agem a partir dessas alucinações. É preciso entender que são muitas as causas possíveis”.
Outro aspecto que merece atenção é a vulnerabilidade entre os jovens. Michelle. “A vida nas redes sociais é sempre perfeita. E para quem já está em sofrimento, isso pode ser muito prejudicial. O jovem, por vezes, não tem maturidade para lidar com esses contrastes. O bullying, inclusive, é uma das causas de sofrimento que mais afetam essa faixa etária”.
Diante disso, a profissional destaca o papel da escuta ativa, livre de preconceitos e julgamentos. Estar disponível para ouvir com atenção e respeito pode ser determinante para quem pensa em desistir: “A escuta ativa é muito importante. Quem está ouvindo precisa ser alguém que não julga. Estar disponível para acolher, orientar e encaminhar, se necessário, é essencial. Não precisa ter medo de falar. Quanto mais falamos, mais esclarecemos, e menos preconceito e tabu existirão sobre o assunto”.
Serviços de ajuda
Todas as 26 Unidades Básicas de Saúde e os hospitais da Cidade dispõem de rede de apoio nessa esfera para a população. Há também a opção de procura aos serviços dos Centros Psicossociais (CAPS) por livre demanda ou através de encaminhamento. Confira os endereços e horários de funcionamento:
CAPS AD II (Rua Polydoro de Oliveira Bittencourt, - 299 - Vila Margarida) Telefone: (13) 3463-9557. Horário de funcionamento das 8h às 17h, de segunda à sexta.
CAPS II INFANTOJUVENIL (Rua Santo Antônio, 64 – Jardim Guassu) Telefone: 3561-1018. Horário de funcionamento das 7h às 17h, de segunda à sexta.
CAPS II DomingoS Stamato (Rua Polydoro de Oliveira Bittencourt, nº 299 - Vila Margarida) Telefone: 3464-4450. Horário de funcionamento das 8h às 17h, de segunda à sexta.
CAPS II Jardim Rio Branco (Rua Donald Alexandre Kealman s/nº – Jardim Rio Branco) Telefone:3576-7674. Horário de funcionamento das 8h30 às 16h30, de segunda à sexta.
CAPS III MATER (Rua Costa Rego, s/n - Vila São Jorge) Telefone: 3569-0148. Horário de funcionamento das 8h às 17h, de segunda à sexta.