“Vocês sabem por que existe a Lei Maria da Penha?" Foi essa pergunta impactante que deu início à palestra de hoje, do projeto Maria Vai à Escola, na UE Jorge Bierrenbach (Jardim Rio Branco). A iniciativa tem como principal objetivo levar informação, diálogo e conscientização sobre o combate à violência contra a mulher dentro das salas de aula, a fim de evitar o seu último estágio: o feminicídio.
A primeira escola a receber o projeto foi a escola municipal José Meirelles(Quarentenário). Desde então, ele tem percorrido diversas unidades da rede municipal, promovendo rodas de conversa, entregas de cartilhas, e palestras educativas com alunas do oitavo e nono ano. Durante os encontros, são abordados temas como o ciclo da violência de gênero, como identificar atitudes abusivas, os direitos das mulheres e os principais canais de denúncia disponíveis no município.
O projeto foi idealizado pela Supervisão de Políticas Públicas para as Mulheres (SEGOV), em parceria com a Secretaria de Relações Institucionais, Metropolitanas e de Parcerias Federativas (SERIMP).
Camille da Silva, aluna da rede municipal, contou sua experiência ao participar da palestra. “Eu achei muito importante, porque tem muitas meninas que não sabem dessas coisas. E isso é muito bom para o nosso conhecimento”.
“A gente fala muito do ciclo da violência, de como acontece, de como identificar, mas a gente sabe que o final da violência é o feminicídio. Então, a ideia é justamente que o feminicídio não aconteça, e que elas saibam identificar essas situações para evitar chegar no pior estágio. Nada melhor do que falar com elas, que são da nossa próxima geração, para que elas se sintam mais seguras e saibam sair dessas situações de risco, de violência”, destacou Geovana Albuquerque, secretária adjunta de Relações Institucionais, Metropolitanas e de Parcerias Federativas do município.
Bruna Maria Lopes, supervisora de Políticas Públicas para as Mulheres, ressaltou a importância do projeto e como ele funciona:
“Essa ação é muito importante, porque visa orientar, informar e conscientizar os alunos de oitavos e nonos anos da rede municipal. A aluna recebe a informação e compartilha com a família e com amigos mais próximos. E assim, vamos enfrentando, com essa medida educativa, a violência contra a mulher”.
“Nós entregamos uma cartilha e um panfleto da prefeitura. Estamos tendo muitos relatos, e estamos também informando essas meninas sobre os principais canais de denúncia. Como são adolescentes, o conselho tutelar inicia atuando nesses casos e a própria equipe pedagógica da escola. Mais do que uma palestra, o Maria Vai à Escola é um espaço de escuta, acolhimento e empoderamento, porque prevenir a violência também é educar”, finaliza.
Por Maria Fernanda Lopes