A cidade de São Vicente será palco, nesta quarta-feira (30/7), às 19h30, de um importante momento da V Semana Tereza de Benguela. O painel “Rumo aos 10 anos da Marcha Nacional das Mulheres Negras: desafios da luta por reparação e bem viver para todes nós” será realizado no Espaço Multicultural (Praça 22 de Janeiro, s/n – Centro), reunindo vozes potentes do movimento negro, LGBTQIAPN+ e de direitos humanos.
O encontro, que conta com o apoio do Compir (Conselho Municipal de Promoção de Igualdade Racial de São Vicente), será mediado pela Viviane Santos Deodato, mulher preta afroindígena, advogada e presidente da Comissão de Diversidade Sexual e de Gênero da OAB/SV. Viviane também atua como conselheira municipal do CONLGBT São Vicente.
Entre as convidadas estão:
Carolina Iara, travesti, intersexo, positHIVa, mestra em Ciências Sociais e codeputada da Bancada Feminista do PSOL.
Mashawell, artista preta da Baixada Santista, referência na cena musical, no movimento estudantil e na luta LGBTQIAPN+ da região.
A atividade integra a programação estadual da Marcha das Mulheres Negras de SP e propõe uma roda de conversa para refletir sobre justiça social, ancestralidade e as múltiplas formas de resistência das mulheres negras no Brasil.
A inscrição é gratuita e pode ser feita pelo link: bit.ly/semanaterezadebenguela2025
Para acompanhar a programação completa, siga: @semanaterezadebenguela.bs
Tereza de Benguela - Líder quilombola que viveu no século 18 e comandou o Quilombo do Quariterê, localizado na região do atual estado do Mato Grosso. Após a morte do companheiro, o líder José Piolho, ela assumiu a liderança da comunidade formada por negros e indígenas.
Sob sua liderança, o quilombo resistiu à escravidão por mais de 20 anos, mantendo um sistema político organizado, com parlamento e defesa armada. Tereza é símbolo de resistência, coragem e luta pela liberdade.
Em sua homenagem, o 25 de julho foi instituído como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra no Brasil, celebrando a força e a ancestralidade das mulheres negras na história do país.
Por Rafael Dias