A sífilis adquirida é uma infecção sexualmente transmissível (IST) que ocorre durante uma relação sexual sem proteção, podendo também ser transmitida por transfusão de sangue. Esse foi o tema abordado no treinamento sobre a doença para profissionais da saúde, nesta terça-feira (18), no auditório da Secretaria da Saúde. Participaram da ação enfermeiros da rede de Atenção Primária à Saúde.
A atividade foi dividida em quatro partes. Na primeira, foi apresentada a definição de sífilis, que se trata de uma infecção bacteriana curável, transmitida exclusivamente entre seres humanos. Em seguida, foram explicadas as fases da sífilis adquirida, que se divide em primária (surgimento de ferida indolor, no período de 10 a 90 dias), secundária (ocorre entre seis semanas e seis meses após a ferida primária desaparecer), sífilis latente (período que não há surgimento de sintomas visíveis, mas a bactéria permanece no organismo) e terciária (a doença pode surgir anos após a infecção).
“É um tema que os profissionais da nossa rede já estão acostumados, mas é sempre importante revisitar para tirar alguma dúvida. Sempre fazemos essa interação para garantir que todos estejam atualizados com as melhores práticas de diagnóstico, tratamento e prevenção. A sífilis, apesar de ser uma doença conhecida, ainda exige atenção constante, pois se não trata de maneira correta, pode trazer consequências muito graves”, salientou a coordenadora do programa de IST/Aids, Samantha Barros Agria Theodosio.
Na segunda parte do treinamento, foram apresentados os testes utilizados para confirmar a sífilis. Primeiro, entram os exames treponêmico não treponêmicos, que servem para rastrear a doença. Quando esse teste inicial dá positivo, realiza o exame não treponêmicos, que é o responsável por confirmar o diagnóstico. Também foram discutidos os diferentes sintomas da doença, que podem incluir ferida indolor, manchas pelo corpo, febre, mal-estar e, em fases mais avançadas, alterações cardíacas e neurológicas.
A terceira etapa da ação concentrou-se no tratamento da doença com a benzilpenicilina benzatina, conhecida como Benzetacil, que é administrada em doses específicas, de acordo com a fase da doença.
Por fim, foi apresentado aos profissionais o documento utilizado para o preenchimento das notificações de sífilis adquirida tardia no Município. A implementação da medida contribuiu para um melhor controle e acompanhamento dos casos.
“Este treinamento é uma oportunidade essencial para atualizar os profissionais sobre a sífilis, uma doença que, apesar de ser amplamente conhecida, continua exigindo vigilância constante. A prevenção e o tratamento adequado são fundamentais para evitar complicações graves. Estamos realizando essa ação todo mês para garantir que todos tenham as informações necessárias para diagnosticar e tratar com eficácia”, ressaltou a secretária da Saúde, Michelle Santos.