Buscar o contato com os pacientes é um dever do profissional da área da saúde. Por esse motivo, a Prefeitura de São Vicente, por meio da Secretaria da Saúde (Sesau), promoveu um evento de final de ano, nesta quarta-feira (17), realizado pela ESF Ponte Nova em parceria com o Centro Comunitário Nossa Senhora da Esperança. A iniciativa teve como objetivo incentivar a arte e a conexão entre profissionais e pacientes, evidenciando a importância de ir além do consultório.
A ação contou com a exposição de uma pequena horta feita pelos pacientes, com distribuição de mudas para a população levar para casa. Também houve uma mostra de decorações de Natal confeccionadas com objetos recicláveis, produzidas na oficina de artesanato. Além disso, o público acompanhou apresentações de dança de rua, capoeira com o Grupo Aruandaê Capoeira (GAC), teatro com participantes da oficina de teatro e música ao violão. Todas essas atividades fazem parte da promoção cultural desenvolvida pela ESF.
Para Rosana de Freitas, de 54 anos, os eventos e as oficinas são uma forma de compreender como a vida pode ser feliz. “Eu tive depressão e foi aqui na ESF que encontrei meu sentido. Esses eventos e a oficina de dança me ajudaram a entender o que é viver de verdade. O doutor Yago sempre me ajudou muito, e me sinto muito grata por fazer parte dessa festa”, relata.
Outra participante que também aproveitou a celebração foi Margarida César da Silva, de 68 anos, presença constante nas ações promovidas pela unidade. “É ótimo para incentivar nossa união. Podemos fazer parte das apresentações e ficamos mais próximas de quem trabalha na ESF buscando nosso bem. Eu adoro”, comenta a paciente.
A idealização do projeto começou há alguns anos com o Dr. Yago Torres, médico da Estratégia de Saúde da Família na ESF Ponte Nova. Ao iniciar seu trabalho na unidade, ele promoveu uma caminhada e, em seguida, passou a se envolver em projetos culturais com o objetivo de fortalecer a conexão com os pacientes. Com o apoio dos agentes comunitários de saúde e dos professores das oficinas, o médico planejou o evento de final de ano, que reuniu apresentações e uma agenda cultural diversificada.
“É nossa obrigação criar essa conexão com o paciente e buscar o tratamento também fora do consultório, porque não é apenas com remédios e consultas que se constrói um cuidado completo. Lazer e cultura também são partes essenciais do tratamento. Este evento marca nosso encerramento do ano e apresenta atividades que desenvolvemos no dia a dia. Valorizamos muito esse contato especial com os pacientes”, explica o médico.
Por Manuela Patrício