O projeto “Letramento Climático: Reconstruindo Saberes em São Vicente” conquistou o 1º lugar no Prêmio USP de Impacto Social, na categoria Parcerias e Meios de Implementação. A iniciativa integra o conjunto de ações do Projeto FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) CoopClima São Vicente, desenvolvido desde 2024 em convênio com a Prefeitura Municipal.
A ação premiada une ensino, pesquisa e extensão e teve como primeira grande entrega o curso de letramento climático, que reuniu quase 100 inscritos e formou cerca de 70 servidores de todas as secretarias municipais. A capacitação, com aproximadamente 30 horas, foi concluída com apresentações no 1º Fórum CoopClima de 2024.
O CoopClima é um projeto da Universidade de São Paulo (USP), financiado pela FAPESP. O edital promove a integração entre ensino, pesquisa e gestão pública, o que viabiliza parceria direta com a Prefeitura de São Vicente.
O programa é composto por várias fases e visa final a elaboração de um Plano de Justiça Climática para o município. A primeira etapa - o letramento climático - teve foco em promover alinhamento transversal entre todas as secretarias, fortalecendo a governança climática e ampliando a capacidade de ação conjunta da administração municipal.
A coordenadora do projeto, professora Sylmara Dias, celebrou a conquista. “A alegria e a honra são imensas ao receber o Prêmio USP de Impacto Social em sua segunda edição. Essa premiação representa um reconhecimento importante da Universidade de São Paulo às atividades de extensão, que historicamente recebem menos visibilidade que a pesquisa, apesar de serem parte fundamental do tripé universitário”.
Sylmara também destacou o caráter coletivo da construção. “Muitos atores contribuíram para o projeto, incluindo universidades parceiras da Baixada Santista e pesquisadores de diversas unidades da USP, de outras universidades brasileiras e de instituições internacionais. O prêmio reforça a importância da extensão universitária e o valor da conexão entre universidade e sociedade, especialmente em iniciativas que fortalecem a governança climática e promovem justiça climática local”.
Ela finaliza ressaltando que a conquista é compartilhada:
“A premiação não é individual, mas um reconhecimento coletivo do grupo de pesquisadores, das instituições parceiras e da sociedade vicentina. O prêmio é nosso”.
Por Maria Fernanda Lopes