O trabalho voluntário é um dos pilares que fortalecem as ações do Fundo Social de Solidariedade de São Vicente, que atua diretamente com ações para famílias em situação de vulnerabilidade. Entre as voluntárias que contribuem para esse trabalho, está Maria Helena Pupo, de 66 anos, aposentada do serviço público estadual, que encontrou na solidariedade uma forma contínua de exercer empatia e compromisso social.
Produtora de enxovais para as gestantes atendidas pelo Acolhe Mãe — programa de escuta e acolhimento do FSS destinado a gestantes de médio e alto risco —, ela ajuda as futuras mamães num dos processos mais complexos da maternidade: a gravidez.
A aproximação com o Fundo Social aconteceu a partir de convites e informações divulgadas pela própria instituição. Ao conhecer de perto o trabalho desenvolvido, ela decidiu se engajar de forma mais ativa. “Observei o trabalho que era feito, bem dirigido, e achei um trabalho lindo. Foi por isso que me juntei a essa causa”, relata. Desde então, passou a colaborar com doações, confecção de itens artesanais e participação em ações de entrega de enxovais.
Um dos momentos mais marcantes de sua atuação ocorreu durante uma entrega organizada pelo Fundo Social. Convidada a falar com as gestantes atendidas, Maria Helena se emocionou ao perceber o impacto da ação. “Eu só consegui dizer que recebia mais do que doava”, relembra. A experiência reforçou, segundo ela, que o trabalho realizado pelo Fundo Social vai além do apoio material, promovendo acolhimento, dignidade e esperança às futuras mães.
Entre os casos acompanhados pela voluntária, está o de uma gestante da Área Continental, grávida de gêmeos, que enfrentava dificuldades financeiras. A partir da articulação com o Fundo Social, foram providenciados dois enxovais completos, além de outros itens essenciais. A entrega foi realizada pessoalmente, fortalecendo o vínculo entre a instituição, os voluntários e as famílias atendidas. Após o nascimento dos bebês, o retorno recebido pela voluntária foi marcado por emoção e gratidão.
Durante a pandemia, o trabalho do FSS ganhou ainda mais relevância, e Maria Helena intensificou sua atuação. Ela colaborou na arrecadação e distribuição de alimentos, na montagem de cestas básicas e no atendimento a asilos, apoiando diretamente as demandas emergenciais da instituição. “Eu via a necessidade e ajudava”, conta.
Além das ações presenciais, também contribui com a produção de paninhos de boca, cobertores e outros itens que integram os enxovais distribuídos pelo Fundo Social. Muitas vezes, mobiliza familiares e amigos para ampliar as doações, fortalecendo a rede de apoio construída em torno dos projetos sociais.
“Meu sentimento é só gratidão”, resume. Um sentimento que reflete não apenas sua trajetória pessoal, mas também o impacto do trabalho desenvolvido pelo Fundo Social de Solidariedade, que, com o apoio de voluntários, segue promovendo cuidado, acolhimento e transformação social no município.