A Prefeitura de São Vicente estabeleceu um eixo composto por três pilares em prol do desenvolvimento: o investimento na Área Continental, o fomento à construção civil e a recuperação da região centro-praia. Diante disso, o Município traçou diversas estratégias para alavancar esse crescimento. Uma das principais ‘cartas na manga’ é a inserção da Área Continental da Cidade na Poligonal do Porto de Santos. O projeto apresentado pela Administração Municipal já foi aprovado pela Autoridade Portuária de Santos (APS) e, neste momento, está sob cuidados do Governo Federal, por meio do Ministério dos Portos e Aeroportos.
Com extensão de 148,51 km2, a Área Continental de São Vicente oferece grandes vantagens logísticas e de infraestrutura, garantidas por áreas ainda desocupadas. Também destaca-se o fato de que o Município é cortado por ferrovia e duas rodovias (Imigrantes e Padre Manoel da Nóbrega), o que evitaria prejuízos ao tráfego dentro do viário urbano. Além disso, o Município comporta três rios navegáveis, de acordo com a Planta Hidrográfica da Região Metropolitana da Baixada Santista (Branco, Mariana e Piaçabuçu), possibilitando, também, o transporte de carga via tráfego aquaviário.
Diante disso, a Cidade apresentou para inclusão na Poligonal áreas contempladas pelas regiões dos bairros Humaitá, Vale Novo e ‘Bairro A’. O projeto deve incorporar, em sua totalidade, 6,4 km2 da Área Continental ao maior porto da América Latina. Com isso, o Município estaria apto para a alocação de empresas ligadas ao setor.
Respaldada por esses argumentos, a Prefeitura segue, através da Secretaria de Comércio, Indústria e Negócios Portuários (Secinp), acompanhando cada passo do projeto, entendendo que a medida fomentará, além de novos investimentos, a geração de empregos de forma massiva. Recentemente, inclusive, o secretário correspondente à pasta, Guilherme Guzzi, esteve em Brasília e dialogou com o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, cujo mesmo garantiu que a pauta é uma das prioridades da gestão.
“A ideia é construir um ecossistema entre Porto e Área Continental. Com isso, terão atração imediata de empresas querendo se instalar para usufruir desse ecossistema. É o caso da Sigma e da Transtec, que já investiram na Cidade e estão se preparando para instalarem polos em São Vicente. Também estamos trabalhando em uma legislação com abatimento de impostos em prol da ocupação dessas áreas”, detalha o secretário Guilherme Guzzi.
Vale lembrar que a história de São Vicente é vinculada à área portuária desde os seus primórdios, quando, em meados do século XVI, foi instalada a primeira estrutura alfandegária do Brasil, o Porto das Naus.
Outros investimentos - Além das tratativas para entrada na Poligonal do Porto, São Vicente vem trabalhando em outras diversas frentes em busca de novos investimentos e oportunidades para o futuro. Um dos pilares citados em prol do crescimento, a Área Continental também será contemplada nos próximos anos com a extensão do VLT, que contemplará a construção de três novas estações (Ponte Nova, Quarentenário, Rio Branco e Terminal Samaritá). Dividido em duas etapas, o projeto já dispõe de obras em execução no primeiro estágio. O segundo está em fase de preparo para abertura de licitação.
Além disso, o programa ‘São Vicente de Cara Nova’, cuja finalidade é reestruturar e criar atrativos turísticos e culturais, e melhorias na legislação e políticas de desburocratização em prol da construção civil seguem sendo trabalhados pela Administração Municipal como principais mecanismos em prol do desenvolvimento urbano e econômico.
“Estamos trabalhando em diversas frentes para fazer essa cidade crescer. O empresário hoje olha para São Vicente e enxerga com bons olhos a oportunidade de investir aqui. Isso é fruto de um trabalho sério em busca do melhor para a Cidade. Definimos as vocações, buscamos os investimentos e estamos inserindo a Área Continental na dinâmica da Baixada Santista. O Porto e o VLT vão integrar a Área Continental de São Vicente a toda região”, destaca o prefeito Kayo Amado.